sábado, 31 de dezembro de 2011

Dissertação

A companhia para os próximos meses! O de cima é só para relaxar, quando começar a sentir vontade de arrancar os cabelos.

domingo, 25 de dezembro de 2011

O Zacarias

O Zacarias é o novo inquilino lá de casa. Traz algumas vantagens em relação a qualquer um dos três estarolas que já por lá habitam, visto que nos aquece de manhã e, eventualmente, de tarde - depende mais ou menos da hora a que acordarmos; e de nos lembrarmos de o ligar antecipadamente. Caso contrário, é escolher entre passar frio ou não tomar uma banhoca antes de sair à rua.

Tem também outra vantagem, à qual acresce, no entanto, um inconveniente: o Zacarias não come nada, mas bebe muita água. É a única maneira que encontra de manter os seus elegantes setenta e cinco quilos - nem mais, nem menos!

Infelizmente, é também um pouco caprichoso: incomodado por ter que passar o Natal sozinho em casa, decidiu chamar a atenção e rebentar parte da parede da cozinha, já envelhecida pelo tempo. E, não se contentando com os mimos que, posteriormente, lhe foram concedidos, decidiu estragar também a torneira da máquina de lavar roupa. Deste modo, conseguiu companhia durante parte do dia vinte e quatro.

No entanto, devido à sua teimosia, nem sequer uma mantinha para o inverno recebeu como presente.

Eu recebi umas meias polares.

Porco USB

A coisa mais engraçada que alguma vez recebi: uma pen drive em forma de porco, justamente na altura em que me andava a queixar da lentidão da antiga! Cortesia do senhor meu irmão.

sábado, 12 de novembro de 2011

“O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...”

Álvaro de Campos

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

É chato

Quando há alguém tão imerso nos seus problemas, que não se apercebe que está a dificultar a tua vida. E como assim é, não tens coragem de lhe estragar o dia, expondo-lhe a situação. Deixas-te andar e pronto.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Espera...

Há dias em que penso que se tivesse um blog onde escrever as coisas que me passam pela cabeça, seria muito mais interessante. No entanto, teria vergonha de o mostrar às pessoas que me conhecem.

E assim... Acho que quero é um diário.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A chuva



Finalmente, podemos dizer que o Outono chegou para ficar. Está na hora de suspender as passeatas e tirar as mantas do armário.

domingo, 2 de outubro de 2011

Dos pais e do tempo

Não se trata o presente post de um lamento, apenas de uma mera constatação dos factos da vida.

Durante o tempo em que vivi em casa dos meus pais, até começar a trabalhar, fintei-me frequentemente de os ajudar com todo o tipo de tarefas. Até a coisas tão simples como ir às compras era capaz de responder com um “não tenho tempo” e perder, de seguida, umas quantas horas a navegar à toa pelas internets, enquanto eles abdicavam do pouco tempo de descanso que lhes restava para fazer tarefas que me deveriam caber a mim e ao meu irmão.

Não digo que nunca ajudei, apenas que não fiz o suficiente para lhes permitir uma vida um pouco mais confortável. Devido a problemas de organização, aliados à estupidez da adolescência e dos tempos de universidade, não era capaz de me atrasar meia hora às cafezadas com amigos para permitir que eles descansassem mais um pouco de um dia cansativo de trabalho.

Mas a lógica dos pais é inversa à dos filhos e é por isso que, durante muitos anos, não os conseguimos compreender: quanto mais tempo e recursos nos dedicam, mais felizes se sentem.

E por isso, certos filhos, como eu, acabam por abusar da boa vontade dos pais, sem disso se aperceberem. Não irei mencionar qualquer situação passada, uma vez que é algo desnecessário. O que interessa é que abdicaram do seu tempo e conforto para nos proporcionar essas mesmas coisas, muitas vezes sem ouvir um obrigado.

Recentemente, mudei de casa. Por telefone, os meus pais aperceberam-se que me sentia algo infeliz com as condições do novo apartamento e decidiram que, como presente de aniversário, me ajudariam a torná-lo confortável. Não recusei a ajuda porque julguei que, no fim de semana, marcado com duas semanas de antecedência, teria já as melhores condições para os receber, e não seria necessário fazerem nada.

Contudo, o dia chegou e os nossos esforços não permitiram que a casa estivesse já perfeita. Em resultado, os parentes incansáveis passaram  grande parte do fim de semana a arranjar e afinar detalhes, entre não-sei-quantas idas às mil e quinhentas lojas dos chineses que há por estes lados. Aproveitaram para conhecer um pouco da cidade, mas estavam determinados a ajudar-me a pôr tudo em perfeitas condições.

Os meus pais também “não têm tempo” e poderiam ter-me respondido isto, caso lhes tivesse pedido ajuda, que ofereceram se qualquer requisito. No entanto, conduziram quatro horas e passaram o fim de semana a arranjar uma casa que não é deles. Abdicaram dos seus amigos por dois dias para partir numa aventura de renovação doméstica.

Note-se que a referência aos amigos é uma pequena piada, uma vez que a minha mãe trabalha oito horas diárias e tem aulas na universidade todos os dias depois do trabalho, chegando a casa à meia noite. Tinha um teste na segunda feira e, mesmo assim, não a consegui impedir de vir. Não quero imaginar o tempo que perdeu aqui e em que poderia ter estado a estudar.

No entanto, saíram de cá satisfeitos com a obra e felizes por ter ajudado. E lá foram conduzir mais quatro horas. Constituiu uma pequena alteração na sua rotina e, no fim de contas, valeu a pena para ambas as partes.

É por isso que às vezes gostava de ter “perdido” uma hora do meu precioso tempo a fazer uma tarefa em vez de ir passear, conversar no msn ou enfiar-me no sofá a ver televisão. Todas estas coisas podiam ter esperado por mim e a vida dos meus pais ficaria um pouco mais facilitada. E quanto ao que me mantinha sempre em modo ocupado, acordar um pouco mais cedo para aspirar o quarto não me teria feito crescer cabelos brancos.

Às vezes penso nisto e sinto vergonha. Mas faz parte da progressão natural da vida, esquecer um pouco o esforço das pessoas que sempre se preocuparam connosco, porque nunca deixaram de estar lá. Porque sorriram nas alturas em que nos deveriam ter repreendido.

E um dia percebemos.

domingo, 4 de setembro de 2011

Para outras terras


O Em Terras de Afonso Henriques vai mudar-se para Marrocos, esperando retomar as actividades literárias no início do ano lectivo. O nome, no entanto, continuará por efeitos de... consistência?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Tomem lá um videoclip dos Moonspell


Porque em Guimarães há muitos metaleiros e não tenho tido tempo para escrever nada além de relatórios.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vizinhos

Se há gente barulhenta e galos avariados avariados na vizinhança, também é um facto que há vizinhos simpáticos, que não se importam de partilhar a sua internet. É por isso que, graças a uma nova Fon que apareceu por estes lados, tenho internet relativamente rápida desde há alguns dias. Foi a primeira vez que consegui descarregar as actualizações do computador desde que moro em Guimarães.

sábado, 23 de abril de 2011

Como sabes que estás no curso certo

Quando, tal como tu, grande parte dos teus colegas admite já ter ficado colado ao visualizador do iTunes, por causa da maneira genial como reage à música.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Isto de ter roommates #1

Um dos rapazes que mora comigo tem uma planta de salsa num vaso. Para lhe dar luz, coloca-a no parapeito de uma das duas janelas da sala. Todos os dias, abre o estore dessa janela até à altura da planta e deixa tudo o resto fechado.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O meu dia

Hoje a senhora do bar da universidade fez-me uma serenata com o "Todo o tempo do mundo". Um miúdo dentro de um autocarro escolar lançou-me um gesto feio e partiu-se a rir. O rapaz que controla as senhas no refeitório disse-me "Olá, tudo bem?", como se me conhecesse de algum lado. O motorista do autocarro passou uma paragem e esqueceu-se da senhora que estava a fazer sinal, tendo a dita que correr desenfreadamente alguns metros, até que ele reparasse nela.

É por isso que este dia ficará na minha memória, não pela crise política, mas sim pelos eventos atrás descritos. Porque para palhaçadas, o dia a dia do cidadão comum é suficiente.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Entrevista

Hoje fui a uma entrevista de trabalho. Só que não era uma entrevista, porque li mal o e-mail e a marcação não era para hoje. Basicamente cheguei lá e fui-me embora, passando uma vergonha de todo o tamanho.

É o que dá andar na lua.

P.S. Quem foi o malandro que andou a pesquisar o nome do meu blog no Google?

sábado, 5 de março de 2011

O Passeio da Vergonha

Na minha terra, existe um caminho que tenho que atravessar para ir de casa à estação de comboios. Os cinco minutos que demoro a percorrê-lo parecem-me sempre muito mais longos que quaisquer outros. Não que o declive físico seja especialmente acentuado, mas o emocional é rochoso e difícil. De facto, desde pequena que andava por ele todos os dias, pois também liga a minha casa ao ciclo e à escola secundária que frequentei. E quando entrei para a universidade, ou quando trabalhei em Lisboa, também precisei de o calcorrear duas vezes por dia, à partida e à chegada do comboio. Quer antes das seis da manhã quer depois da meia-noite.

É por isso que conheço todas as faces deste passeio. Mesmo agora, que só passo por ele uma vez por mês, não deixo de notar se uma nova amostra de grafitti for desenhada nas paredes das vedações. Conheço-o vazio, com um silêncio nocturno de morte, ou cheio dos gritos das crianças e adolescentes que saem das aulas. Uns histéricos, outros alegres, outros de raiva e frustração. E ele, melhor ainda, me conhece a mim.

Pois cada vez que o atravesso a minha cabeça é invadida por memórias de tempos antigos, quando andava por ele a reflectir sobre o dia passado ou por passar. Durante a curta travessia, não sou apenas eu que estou ali, mas também todas as pessoas que já fui, as suas esperanças e desilusões mesclando-se com as minhas. Num momento, sou a adolescente que saiu da escola a chorar por causa das colegas terroristas. No outro, sou a recém-licenciada que acabou o último exame e anda levemente, no seu rosto espelhadas esperanças de um futuro por cumprir. Mas ao chegar ao fim, sou apenas eu, o resultado de todas essas recordações. Mais uma pessoa à procura do seu lugar no mundo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O céu e as nuvens


Guimarães é uma bela cidade para se estar em dias de céu azul, daqueles com ocasionais tufos de algodão.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Coisas culturais


Amanhã vou ao concerto dos Linda Martini, no Centro Cultural Vila Flor, pelo preço de um guarda-chuva*!

* aqui em cima, não posso chamar-lhe “chapéu-de-chuva”. Independentemente do contexto em que disser a palavra, as pessoas pensam em algo assim:

Cada vez que confundem um guarda-chuva com ele, este chapéu adorável fica um pouco mais triste.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Bolachinhas de manteiga


Achei que a utilização do diminutivo no título vos poderia transmitir o êxtase gustativo que é trincar uma destas bolachas.

Ingredientes
500g de farinha sem fermento
200g de açúcar
200g de Manteiga Mimosa
2 ovos

Preparação
Colocar o açúcar e a manteiga numa tigela, e bater com a batedeira.
Acrescentar os ovos e continuar a bater, até obter um creme fofo.
Juntar a farinha de uma só vez e mexer, até formar uma massa consistente.
Estender a massa com o rolo, até ficar com 0,5 cm de altura.
Cortar as bolachas com as formas desejadas.
Colocar num tabuleiro, com papel vegetal ou untado com manteiga.
Levar ao forno, pré-aquecido a 200º, e deixar cozer até estarem douradas.
Deixar arrefecer.

Adaptado de um cartão da manteiga Mimosa.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pergunta

Por que é que os sites dos serviços de internet a fibra óptica são feitos para ser vistos com pessoas que já a têm?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011