quarta-feira, 4 de julho de 2012

Teclado com café

E depois de levar com café e álcool em cima, o meu teclado Apple voltou à vida! Acabaram-se os cafés e chás ao pé do computador.

(o da fotografia não é o meu, mas é uma coisa parecida)

domingo, 1 de julho de 2012

Sobre a Ana Inês

Hoje venho falar-vos de como a Ana Inês definiu a minha profissão futura, sem fazer ideia de tal coisa.

A Ana Inês foi minha colega de turma, do segundo ao nono ano. Era uma jovem carismática e persuasiva, pelo que liderava os gostos das raparigas que gravitavam em sua volta. Interessavam-lhe as coisas do oculto, e por isso lia o Harry Potter e convenceu-me a fazê-lo também.

Na altura, gostei tanto daquele universo que queria fazer parte dele, a modos que comecei a conversar sobre os livros em fóruns acerca do tema. Daí a entrar em role-playing-games sobre escolas de magia foi um passinho.

Estes rpgs baseavam-se em trocas de e-mails, em que o primeiro iniciava a história com um e-mail, que era enviado para o grupo inteiro, e os outros continuavam. Cada participante tinha uma personagem, cuja personalidade ia construindo e evoluindo ao longo do jogo. Tratava-se de jogos escritos, que acabavam por ser muito mais divertidos que os rpgs online que vemos hoje em dia, onde a interacção a nível pessoal é muito mais baixa. Tudo tinha que ser imaginado e passado à escrita. Mas este será um assunto para abordar em futuros posts.

Ora, depois de algum tempo a participar nestas escolas, decidi criar também uma. Fiz um logótipo rudimentar no Paint Shop Pro e um site muito detalhado no Frontpage. Tinha um banco, uma loja, uma biblioteca e mais uma série de coisas, e até o seu próprio sistema monetário. Muitas pessoas aderiram e criou-se interacção com outros rpgs em que já tinha participado.

Eram outros tempos, e na verdade fiz aquelas coisas todas porque gostava mesmo muito de escrever. Isto deu-se aos meus doze, treze anos, e a partir daí nunca mais morreu o bichinho da web.

Quanto à Ana Inês, terminou o curso de medicina há pouco tempo. Desde que a conheci que foi o que sempre quis, e felizmente perseguiu essa ideia até ao fim.

Se ela não me tivesse posto a ler o Harry Potter, julgo que hoje seria uma pessoa muito diferente.