Quando estive de Erasmus em Bruxelas, a minha mãe via o meteo.be todas as semanas, se não todos os dias. Depois, telefonava-me e comentava «está frio aí, hein?»
Desconfio que tencione fazer o mesmo agora. No outro dia, estávamos todos na sala, começou a conversa da neve:
- Tu tens que levar roupa quente, porque em Guimarães deve nevar muito! - disse ela.
- Só se for na serra... - respondi - Na cidade, deve ser para aí uma vez por ano.
Pensava que o assunto acabara por aqui, quando, dias depois...
- Afinal sempre neva em Guimarães!
- Hein...?
- Sim, parece que o ano passado nevou.
- Quando?
- Uma vez, em Janeiro.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Ida à costureira
E apresento-vos um header novo e personalizado, para começar bem a nossa viagem.
Que Alá nos acompanhe!
Que Alá nos acompanhe!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Caixinha das Memórias
Faz alguns anos que tenho uma gaveta especial no meu armário, reservada a objectos memoráveis e fotografias antigas. Quando guardo uma recordação lá dentro, sei que esse pedaço de papel, artigo, - seja o que for, - vai lembrar-me de uma pessoa ou episódio da minha vida. Não no momento em que a coloco, nem sequer uns meses depois, mas passados alguns anos, quando a sua importância se revelar na linha do tempo.
Durante a maior parte do ano, deixo essa gaveta intocável. Só a abro para pôr algo novo, ou nas ocasiões para que a criei.
Quando me sinto triste ou desiludida, quando o mundo parece um lugar hostil e julgo que os meus amigos não me dão importância... quando penso que desperdicei os últimos anos, o conteúdo da gaveta entra em acção. Passo os dedos pelas coisas, uma a uma. Sinto-lhes o cheiro, a textura, o sentimento. Quando são cartas, abro uma e bebo-lhe as letras.
E aí percebo que sempre existi e que o filme do meu passado não está vazio nem carcomido. Invadem-me as imagens e os rostos, as palavras e as emoções. A minha vida são mais que fragmentos: é um fio condutor, que liga todas memórias, criando quem sou hoje.
Há poucos dias, abri essa gaveta. Julguei que poucos amigos deixaria que sentissem a minha partida. E dei com algumas coisas que tive vontade de partilhar.
Uma mensagem oferecida por uma amiga. Já não temos muito contacto hoje, mas é uma das pessoas que dificilmente esquecerei. |
Cartas de pen-friends. Duas delas eram brasileiras. Conheci-as num RPG online, de escrita criativa. |
O suporte para o lenço das Guias. Só fui a um acampamento, mas foi memorável (até porque apanhei um fungo no pé, do qual nunca mais me livrei). |
Medalha ganha no ensino básico, com um trabalho de grupo sobre o Halloween. Era um placar grande com uma bruxa e outros enfeites. Creio que são os meus colegas de grupo que o têm. |
Um cartão de Natal feito pelo meu irmão, quando era um pirralhito. |
Um marcador de livros vindo do Japão, também trazido por uma amiga. |
Os desenhos com que me entretinha, quando trabalhava no balcão de Cartão Continente. Havia muitos tempos mortos, em que só conversávamos ou fazíamos destas brincadeiras. |
E por último, porque também despertará as memórias de alguns leitores:
Um click da Axe! A contagem estava a 0, mas juro que lhe cliquei muitas vezes... era um bom substituto para bolas anti-stress. |
Um KitPop! Digam-me que também tiveram um destes! |
Portanto, se têm pensamentos negativos frequentemente, comecem já a criar a vossa caixinha de memórias. Ou diário. Seja qual for o modelo preferido.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Recolha de fundos para o tesouro real
Uma das questões mais prementes nestes momentos é o dinheiro.
Quando me matriculei no mestrado, os meus pais concordaram em pagar-me as despesas no início, com a condição de eu encontrar um meio de subsistir sozinha, quando lá estiver. Eles podem continuar a subsidiar as propinas e uma ou outra coisa, mas para o resto terei que encontrar uma solução.
Que passará, provavelmente, pela procura de um emprego.
Mas como ninguém anda a tropeçar neles pela rua, há que encontrar alternativas, que permitam juntar uns trocos para a comida. Ora, já tenho algum dinheiro no banco, para uma eventualidade. Para aumentar o pé-de-meia, preparei algumas ideias:
Ideias de poupança |
- Vender, em sites de leilões online, objectos que tenha utilizado muito poucas vezes, e aos quais não tenciono, ou não posso, dar uso, que é o caso das calças 36, que só consegui usar duas ou três vezes, antes de começar a engordar absurdamente.
- Trabalhar com afinco no meu emprego online, que é confidencial, pelo que não posso adiantar qualquer detalhe... apenas que não está relacionado com coisas indecentes.
- Criar uma página de apresentação de serviços, que irá substituir o meu actual e não-muito-bonito portefólio, e um cartão de visita, que me permitirão angariar clientes para pequenos projectos.
- Não comprar roupa e evitar jantares caros.
- Passar menos tempo no sofá e mais a ler, para ver se surgem mais umas lâmpadizitas.
- O porco de loiça é meramente ilustrativo, uma vez que nunca tive coragem de lhe pôr uma moeda.
Há de correr bem. Ufa.
sábado, 21 de agosto de 2010
O Início de uma Era
Bem vindos, caros leitores!
Devo começar por introduzir-vos a mais um modesto espaço na teia informática mundial. Não se trata, de modo algum, de um folhetim informativo sobre a cidade onde nasceu Portugal, nem de um pequeno santuário, com o objectivo de a exaltar.
A função deste blog será, a pouco e pouco, desmistificada. Para já, nem eu sei que direcção seguir.
Guimarães |
No entanto, existe uma linha de orientação que motivou o seu nascimento: há vários anos que tenho sido autora de blogs, sem temas concretamente definidos, transformados em simples diários da vida quotidiana. Nenhum destes tinha um fio condutor que unisse todas as palavras sob a mesma bandeira.
Com este, contudo, altera-se o panorama. Existe algo sobre o qual escrever: uma migração de trezentos e tal quilómetros, que se prolongará por uma temporada mínima de dois anos, durante os quais lutarei por sobreviver e, ao mesmo tempo, tirar um mestrado.
Se ficarem, prometo-vos um pouco de humor e uma pequena dose de imaginação, enquanto acompanham a luta diária de uma rapariga tonta.
Até mais, compatriotas!
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