Já estava há muito abandonado, pelo que está na hora de cortar as amarras.
Haverá outro, eventualmente. Contudo, por motivos muito particulares, não me sinto há vontade para deixar os pensamentos correr livremente por aqui.
A quem me lê por amizade ou empatia, até à próxima!
terça-feira, 27 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
"- Há de concordar que o que está a dizer é um tanto subversivo...
- Acredita que seja? Não me parece. Se isto é subversivo, tudo é subversivo, até a respiração. Sinto e penso assim como respiro, com a mesma naturalidade, a mesma necessidade. Se os homens se odiarem, nada poderá fazer-se. Todos seremos vítimas de ódios. Todos nos mataremos nas guerras que não desejamos e de que não temos responsabilidade. Hão de pôr-nos diante dos olhos uma bandeira, hão de encher-nos os ouvidos com palavras. E para quê, afinal? Para criar a semente de uma nova guerra, para criar novos ódios, para criar novas bandeiras e novas palavras. É para isto que vivemos? Para fazer filhos e lançá-los na fornalha? Para construir cidades e arrasá-las? Para desejar paz e ter guerra?
- E o amor resolverá tudo isso? - perguntou Abel, sorrindo com tristeza, onde havia uma ponta de ironia.
- Não sei. É a única coisa que ainda não se experimentou..."
Clarabóia, José Saramago
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