Um dos problemas provocados pela generalização da Internet, em países alfabetizados, é a possibilidade de qualquer pessoa colocar conteúdos acessíveis aos outros, por um custo insignificante. Alguns dirão que esta abertura é vantajosa, e não problemática.
De facto, muitos excelentes autores não seriam publicados, se não tivessem acesso a um sistema de blogging. É verdade que as editoras, revistas e jornais não estão dispostos a arriscar por qualquer pessoa, por mais arrojadas que sejam as suas ideias. Também confere que, sem a liberdade de publicação, não poderíamos aprender tanto, ou partilhar pontos de vista, sem algum esforço e dinheiro. Pois, sem sites como a Wikipedia, onde o conhecimento é acrescentado e actualizado por utilizadores em todo o mundo, qualquer busca de informação seria mais complicada.
E a lista de vantagens continua e não termina, motivo pelo qual não ocorrerá a muitos de nós dizer que a internet é inútil e só traz malefícios à sociedade.
Mas debrucemo-nos sobre o “lado negro” desta questão. A par dos conteúdos de excelência, chegam-nos, a cada minuto de navegação, toneladas de filosofia barata. E o mais grave neste aspecto é que, como esta surge nos seus círculos de conhecimentos, as pessoas tendem a levá-la mais a sério que aos pensamentos reflectidos, que foram passados para o papel com alguma presciência. Não digo que as ideias sejam sempre erradas, mas sim que são excessivamente repetidas e, muitas vezes, propagam um pessimismo irreal.
Não darei aqui qualquer exemplo, porque o argumento acima pode aplicar-se a diversas situações do quotidiano, à política, à musica, ou a todos os domínios sobre o quais o ser humano opina. E, certamente, quem está a ler este texto já tem algo na sua mente. Com probabilidade, até pensou em alguma coisa que eu escrevi.
Claro que está ao critério de cada um expôr-se ou não a demasiadas anti-ideias. E, por conseguinte, cada pessoa escolhe ou não seguir as massas e propagá-las.
Questiono-me se não seria uma boa prática criar uma disciplina, na escola, que ensinasse as crianças a utilizar produtivamente a internet, em vez de se dispersarem a ler a diarreia mental dos outros, e a criar a sua própria.
Temos de inventar um software anti-diarreias.. De facto, podia ter feito disso dissertação de mestrado xD
ResponderEliminarEm vez de “Spam Traps”, a tua dissertação seria, portanto “Shi* Traps”. x'D
ResponderEliminarEh eh xD
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